quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Governo decide suspender o pagamento do salário dos grevistas das universidades Estadual de Feira de Santana (UEFS), Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e Estadual Santa Cruz (UESC)


Nota retirada do site Bahia Notícias (Samuel Celestino)

Nos últimos quatro anos, o Governo da Bahia fez investimentos recordes para a ampliação e o fortalecimento do ensino superior no Estado. Diante do movimento grevista nas universidades estaduais, que tem prejudicado milhares de alunos, as Secretarias Estaduais da Administração e da Educação vêm a público fazer os seguintes esclarecimentos:
AMPLIAÇÃO DE INVESTIMENTO
•Incremento de 87,6% no orçamento das quatro universidades estaduais, ampliando de R$ 386,8 milhões, em 2006, para mais de R$ 725,6 milhões, em 2011;
•Aumento em 14,7% nas matrículas de graduação e 25,4% nas de pós-graduação;
•Elevação em 31,4% do número de grupos de pesquisa, em relação a 2007;
•Criação de seis novos cursos de mestrado e três de doutorado.
VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES E SERVIDORES
•Aprovação da Lei nº 11.638/2010, que ampliou o quadro de professores em mais 851 vagas;
•Incorporação aos salários de 27,2% de Gratificação de Estímulo à Atividade Acadêmica, beneficiando 4.440 professores;
•Viabilização de 1.032 promoções para professores e mudança de regime, a pedido, para 732 professores;
•Realização de concursos públicos para professores e servidores, além de viabilizar promoções, progressões e mudança de regime.
AUMENTO REAL DE 18%
Atendendo a uma reivindicação histórica dos professores, o Governo do Estado apresentou, em 2010, proposta de incorporação da gratificação por CET - Condições Especiais de Trabalho, hoje de 70%, ao longo de quatro anos, a partir de 2011.
A incorporação da CET representa ganho real de 18% no período, uma vez que se soma ao reajuste anual concedido a todo o funcionalismo do Estado. Tendo em vista o esforço exigido para o cumprimento dessa proposta, faz-se necessário que ela seja válida para os próximos quatro anos, mas não houve acordo nesse ponto.
DIÁLOGO ABERTO
Demonstrando disposição para resolver o impasse, o Governo voltou a dialogar com a categoria docente nos dias 30 de março, 12 e 15 de abril desse ano.
NÃO HÁ CONTINGENCIAMENTO NAS UNIVERSIDADES
Apesar do contingenciamento adotado pelo Estado, o Governo garantiu recursos para a contratação, progressão, promoção e a realização de concurso para professores. 
Em relação ao custeio, está assegurada a normalidade administrativa das universidades, já que as medidas adotadas são idênticas às já implementadas pelas unidades estaduais de educação superior, desde 2009.
 

SALÁRIO SUSPENSO
Tendo em vista os prejuízos causados à sociedade, o Governo decidiu suspender o pagamento do salário dos grevistas das universidades Estadual de Feira de Santana (UEFS), Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e Estadual Santa Cruz (UESC), já na folha de abril.

 
RETOMADA DO TRABALHO
Diante do exposto, o Governo reitera os esforços que vêm sendo feitos no sentido de melhorar as condições salariais dos professores, bem como a estrutura das universidades e conclama os professores ao consenso, retornando imediatamente às suas atividades para assegurar o cumprimento do ano letivo dos estudantes das universidades estaduais

2 comentários:

  1. Onde está a verdade?

    Alguém está mentindo nesta história toda: o movimento ou o Estado.

    Três observações:

    PRIMEIRO: Tudo pode ser provado através de estatística. A escolha dos números não é imparcial, podendo, facilmente, servir a qualquer ponto de vista. É preciso ter uma leitura crítica destes números apresentados pelo Estado. O atual governo sabe muito bem disso, já que na primeira eleição de Wagner, as estáticas apontavam para sua derrota no primeiro turno. Se não lermos esta matéria com um olhar crítico, chegaremos a conclusão que a educação pública nunca esteve melhor. Todo sabe que o buraco é mais embaixo. Se confrontarmos com os dados desta matéria com a do professor Reginaldo (http://greveuesb.blogspot.com/2011/04/bahia-de-todos-os-nos-os-sem-diplomas-e.html) as conclusões, certamente, serão outras.

    SEGUNDO: Tomemos cuidado com informações incompletas. Meias verdade são, na verdade, mentiras camufladas. Algumas questões não são totalmente esclarecidas na matéria. Como por exemplo, quando diz que não houve acordo por parte dos professores quanto a "incrível" incorporação salarial proposta pelo Estado, mas não fala nada (absolutamente nada!) sobre a cláusula restritiva, onde diz que o movimento não poderá fazer mais nenhuma reivindicação até 2014. Fala também de um "diálogo" que teria sido aberto pelo governo, mas também não diz uma palavra sobre a postura irredutível do mesmo nesta reunião.

    TERCEIRO: Mentiras descaradas! Chega ao ponto de dizer que o decreto não atinge as Universidades. Bem, quem vive a realidade das UEBAs, o que não é o caso dos "nossos" dirigentes, sabe muito bem da situação lamentável em que se encontra a UESB, por exemplo, depois deste bendito decreto. Bem, quem quiser que leia o decreto e tire suas próprias conclusões:

    www.uesb.br/evidencias/2011/03/Decreto12583.pdf

    Mesmo que o Estado “poupe” as Universidades do decreto, como anda dizendo aos quatro ventos, em nada muda nossa posição crítica em relação a esta medida. O movimento não deve morder esta isca e simplesmente virar as costas para os demais atingidos pelo decreto 12.583/11, somente porque o este governo traidor garantiu a “farinha do nosso pirão”. Não podemos ficar calados, por exemplo, a situação deplorável da saúde pública, que de tão “feia”, fica até difícil imaginar como esta se encontra depois deste decreto. Devemos fortalecer a solidariedade entre os demais trabalhadores. Sozinhos não conseguiremos nada significativo. Além do mais, nada garante que as Universidade ficarão de fora do decreto. Devemos tomar bastante cuidado com burburinhos deste calibre.

    Esta matéria do Bahia Notícias está repleta de hipocrisias. Defende a posição truculenta de um governo petista que construiu sua história no movimento sindical, e que agora cumpre com muito mais eficiência as tarefas do Estado do que aqueles contra quem tantos anos lutou. Dizer tantas injurias é o mesmo que afirmar que aqueles que estão se dedicando voluntariamente ao movimento não possuem nada mais interessante pra fazer além de "gastar" seu tempo e sua paciência na luta por MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E DE ESTUDO. Como se não bastasse o desaforo dos altíssimos salários de que desfrutam os dirigentes do Estado, simplesmente para garantir os interesses de grupos magnatas ao mesmo tempo saciam suas fantasias de poder decretando uma vida cada vez mais dura para os trabalhadores que diz representar. Não passam de capatazes embebecidos de luxúria em meio a corrupção e escândalos da vida privada.

    C'est fini

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